16 de janeiro de 2011

Decálogo Político, Luiz Carlos Maciel


Luiz Carlos Maciel no programa "Abertura" de Glauber Rocha, TV Tupi, 1979.

1. Queremos liberdade, queremos que todas as pessoas
     tenham o poder de determinar o seu próprio destino;
2. Queremos justiça, queremos o fim de qualquer repressão política,
     cultural ou sexual sobre todos os oprimidos do mundo.
     Especialmente a repressão contra as mulheres, os negros e todas as minorias;
3. Queremos uma transformação completa do chamado 'Sistema Legal',
     de maneira que as leis, os tribuinais e a polícia atuem unicamente em função
     dos interesses do povo, queremos o fim de toda e qualquer violência contra o povo;
4. Queremos uma economia mundial livre, baseada na livre troca de energia e dos materiais,
     e o fim do dinheiro;
5. Queremos um sistema educacional livre que ensine a todos os homens, mulheres
     e crianças da terra exatamente o que todos nós devíamos saber
     para sobreviver e crescer com todo o nosso potencial de seres humanos;
6. Queremos libertar todas as estruturas do domínio das grandes companhias
     e transferir todos os edifícios e a terra para o povo;
7. Queremos um planeta limpo, queremos um povo são;
8. Queremos acesso livre a todas as informações,
     a todos os meios de comunicação e a toda a tecnologia;
9. Queremos a liberdade de todos os prisioneiros mantidos injustamente
     em prisões e em estabelecimentos penitenciários,
     queremos que todos os perseguidos sejam devolvidos a comunidade;
10. Queremos um planeta livre, uma terra livre, comida, teto e roupas para todos,
     queremos arte livre, cultura livre, meios de comunicação livres, tecnologia livre,
     educação livre, assistência médica livre, corpos livres, pessoas livres,
     tempo e espaço livre, tudo livre, para todos.

15 de janeiro de 2011

Declaração de Liberdade Anônima

Firme pela Liberdade. Firme com Anônimos
Aos tiranos, os oprimidos não tem nome.

Desde a sua concepção, a internet tem proporcionado novas formas para as pessoas em todo o mundo a exercer os direitos de liberdade de expressão, liberdade de imprensa e a liberdade de reunião. Esses direitos não são apenas os benefícios de uma sociedade livre - eles são os próprios meios de preservar a liberdade dessa sociedade. O recente aumento da interferência do governo com essas liberdades coincide com o fracasso da mídia corporativa em cumprir seu papel essencial no controle do abuso de autoridade. Censura e omissão jornalística deixaram cidadãos inconscientes e incapazes de responsabilizar os seus governos.

O WikiLeaks foi criado para preencher o vazio deixado pela mídia tradicional, fornecendo as informações necessárias para que os cidadãos exijam de seus governos à responsabilidade. No entanto, não foi concedida a proteção legal conferida aos jornalistas em geral. Em vez disso, a organização tem sido difamada e o apoio monetário foi bloqueado por governos e corporações privadas. Ataques ao WikiLeaks demonstram um inquietante desprezo pelo direito fundamental à liberdade de trocar informações e idéias expressas. Os membros de uma sociedade livre não devem permitir que a informação seja suprimida simplesmente porque é inconveniente aos que estão no poder. Nós compartilhamos a responsabilidade de defender as liberdades vitais. A hora de agir é agora.

Somos Anônimos, um movimento sem líderes que tem trabalhado incansavelmente para se opor a todas as formas de censura na Internet em todo o mundo, desde abusos da DMCA à filtros de conteúdos exigidos por governos. Nossas iniciativas incluem o apoio a grupos dissidentes no Irã, Zimbábue e na Tunísia, bem como travar a batalha da informação altamente visível contra a Igreja da Cientologia. Estamos agora preparados para levar a luta para o cenário mundial. Junte-se a nós em 15 de janeiro para o primeiro de uma série de protestos globais em defesa da WikiLeaks e a liberdade de expressão. Esteja conosco para defender suas liberdades.

Nós Somos Anônimos e Você Também

9 de janeiro de 2011

A escola como espaço de inclusão no cenário de desigualdades

Nosso país tem uma grande parcela de jovens que ainda se encontra excluída do sistema educacional, pelo descaso social, com necessidades de trabalhar para o sustento de suas famílias, tendo que às vezes ter tempo para procurar emprego, ou fazer “bicos”.

O incentivo que não existe a esse jovem que se encontra marginalizado pela sociedade, por questões sociais, “desigualdades” e até a estrutura familiar, vem contribuir para sua exclusão.

Boa parte de nossa infância e adolescência se dá na escola. A escola com função social de democratizar conhecimentos e formar cidadãos conscientes, participativos e atuantes é um direito de todos.

Os jovens aqui citados são jovens que estão fora dessa realidade, sem perspectivas, pois trocam o direito de estarem na escola para trabalharem, ou por se encontrarem excluídos procuram o mundo da marginalização, sem até mesmo terem opção.

A temática “exclusão” é um problema global que afeta a todos, onde os excluídos sem perspectivas procuram saídas às vezes sem volta e os que consideram incluídos numa sociedade de direitos são afetados pela repercussão que esse problema social gera.

Tendo em vista esta discussão sobre exclusão, consideramos a escola como berço do jovem para o exercício da cidadania.

A contribuição de todos é necessária para erradicar este problema. Poderes públicos e privados, ONG’s, assistentes sociais, educadores, comunidade, sociedade em geral devem firmar parcerias.

Discussões em todas instâncias devem acontecer, para projetarmos responsabilidades e ações. Várias propostas de projeto são lançadas com o propósito de somar a tamanho descaso, porém sua viabilidade depende da unificação de uma classe atuante a favor do direito de todo jovem na escola.

Acreditamos que através da cidadania, participação, democratização, co-responsabilidade, cooperação, parcerias, teremos um norte para trabalharmos em prol de mudanças, “inclusão” de nossos jovens.

Colunista Brasil Escola - http://www.brasilescola.com/

Soprando no vento

Quantas estradas precisará um homem andar
Antes que possam chamá-lo de um homem?
Quantos mares precisará uma pomba branca sobrevoar,
Antes que ela possa dormir na areia?
Sim e quantas vezes precisará balas de canhão voar,
Até serem para sempre abandonadas?
A resposta, meu amigo, está soprando no vento
A resposta está soprando no vento

Sim e quantos anos pode existir uma montanha
Antes que ela seja lavada pelo mar?
Sim e quantos anos podem algumas pessoas existir,
Até que sejam permitidas a serem livres?
Sim e quantas vezes pode um homem virar sua cabeça,
E fingir que ele simplesmente não vê?
A resposta, meu amigo, está soprando no vento
A resposta está soprando no vento

Sim e quantas vezes precisará um homem olhar para cima
Antes que ele possa ver o céu?
Sim e quantas orelhas precisará ter um homem,
Antes que ele possa ouvir as pessoas chorar?
Sim e quantas mortes ele causará até ele saber
Que muitas pessoas morreram?
A resposta, meu amigo, está soprando no vento
A resposta está soprando no vento.